O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo as expectativas de crescimento econômico global em 2025 e 2026, citando os efeitos negativos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e as tensões geopolíticas. Para o Brasil, as projeções caíram para 2% em ambos os anos, abaixo das estimativas do governo, enquanto a inflação deve ficar em 5,3% em 2025 e 4,3% em 2026. O relatório destacou que a América Latina e o Caribe também tiveram suas previsões reduzidas, com destaque para o México, que pode enfrentar uma retração de 0,3% neste ano.
O FMI alertou que as medidas protecionistas e a incerteza política estão freando a atividade econômica mundial, com cortes significativos nas projeções para China, Europa e economias emergentes. O crescimento global foi revisado para 2,8% em 2025 e 3% em 2026, com inflação persistente e comércio internacional menos eficiente. O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, afirmou que o mundo está entrando em uma “nova era” de redefinição do sistema econômico, marcada por volatilidade e fragmentação.
Nos Estados Unidos, o crescimento deve desacelerar para 1,8% em 2025, com inflação mais alta e riscos de recessão aumentando. A zona do euro também foi impactada, com previsão de expansão de apenas 0,8% neste ano. A China, por sua vez, teve sua projeção reduzida para 4% em 2025 e 2026, refletindo os efeitos das tarifas e a desaceleração das exportações. O FMI enfatizou a necessidade de reformas estruturais e maior clareza nas políticas comerciais para evitar um cenário ainda mais adverso.