O fluxo total de veículos em estradas com pedágio no Brasil registrou queda de 1,1% em março de 2025 na comparação com fevereiro, considerando ajuste sazonal. No entanto, na comparação anual, houve crescimento de 2,4% ante março de 2024. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada, mostram que, nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 2,8%. No primeiro trimestre de 2025, o crescimento foi de 2,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, reforçando uma dinâmica irregular, mas ainda aquecida.
Entre os veículos leves, a queda mensal foi de 2,2%, enquanto o avanço anual ficou em 2,2%. Já os veículos pesados tiveram leve alta de 0,2% frente a fevereiro, mas um salto mais expressivo de 2,9% na comparação com março de 2024. Analistas destacam que o mercado de trabalho aquecido continua a sustentar o consumo das famílias, embora haja sinais de desaceleração. Por outro lado, as condições restritivas de crédito e as pressões inflacionárias pesam como fatores negativos.
No segmento de carga, o desempenho reflete um ritmo menor de expansão da demanda, alinhado com a fraqueza no varejo e na indústria. Contudo, a produção agrícola, impulsionada por culturas como soja e milho, deve contribuir para uma recuperação mais substancial do transporte de carga nos próximos meses. Os números sugerem um cenário misto, com desafios setoriais, mas também oportunidades ligadas ao agronegócio.