O Ibama e o Ministério Público estão fiscalizando o atrativo turístico Praia da Figueira, em Bonito (MS), após 14 casos de banhistas mordidos por peixes em sua lagoa artificial entre janeiro e março deste ano. A ação visa identificar a presença de espécies exóticas, como tambaqui ou tambacu, que podem causar impactos ao ecossistema local. Equipes utilizaram drones e mergulhos para coletar material e produzir um laudo técnico, que deve ser concluído em 20 dias.
Especialistas alertam para os riscos ecológicos caso espécies não nativas se espalhem pelas nascentes da região, como o rio Formoso. O atrativo já havia sido interditado temporariamente em março, mas foi reaberto parcialmente após a instalação de grades para impedir o acesso de peixes maiores à área de banho. A legislação federal proíbe a introdução de espécies exóticas sem autorização, e o descumprimento pode resultar em ações judiciais.
O gerente do local afirmou que os incidentes estão ligados ao descumprimento de regras por parte dos turistas, como alimentar os peixes, prática expressamente proibida. Com mais de 26 mil visitantes em três meses, o estabelecimento reforçou a sinalização e orientações para evitar novos acidentes. Caso a presença de espécies exóticas seja confirmada, os responsáveis podem ser autuados e obrigados a retirá-las do local.