A Finlândia tornou-se o 31º membro da Otan em abril de 2023, abandonando sua política de neutralidade histórica. A decisão foi motivada pela crescente preocupação com a segurança, especialmente após a invasão da Ucrânia e as ameaças dirigidas a países que buscavam integrar a aliança militar ocidental. Localizada na Europa Setentrional e fazendo fronteira com a Rússia, a Finlândia passou a investir ainda mais em sua defesa, incluindo uma vasta rede de abrigos subterrâneos e uma força de reservistas composta por um terço de sua população adulta.
A infraestrutura subterrânea de Helsinque, construída desde a Guerra Fria, é um dos pilares da estratégia de segurança finlandesa. Com cerca de 10 milhões de metros quadrados de túneis, a capital abriga shoppings, termas, piscinas e até pistas de corrida, garantindo condições de vida em caso de conflito. Os bunkers, integrados ao planejamento urbano, refletem a preparação contínua do país para cenários de crise, aliada a uma cultura que valoriza a resiliência e o bem-estar, como evidenciado pela popularidade das saunas.
A adesão à Otan não apenas fortalece a posição da Finlândia no cenário geopolítico, mas também amplia sua capacidade de defesa coletiva. Com tropas de reservistas bem treinadas e uma infraestrutura robusta, o país demonstra estar preparado para colaborar com os aliados e responder a possíveis ameaças. A medida marca uma nova era na política externa finlandesa, equilibrando tradição e modernidade em um contexto global cada vez mais complexo.