O novo filme “Meu nome é Maria” explora a vida da atriz que estrelou “Último Tango em Paris” (1972), abordando os traumas causados por uma cena filmada sem seu consentimento pleno. A produção, dirigida por Jessica Palud, reconta a história a partir da perspectiva da atriz, destacando como o episódio impactou sua carreira e saúde mental. Com Matt Dillon e Anamaria Vartolomei nos papéis principais, o longa revisita o contexto da época, questionando as práticas da indústria cinematográfica e a falta de proteção às artistas.
O texto original relata que a cena em questão, envolvendo violência sexual, foi improvisada durante as filmagens, sem aviso prévio à atriz, que tinha apenas 19 anos na época. A diretora do novo filme enfatiza a importância de mostrar o ocorrido sob o olhar da vítima, contrastando com a passividade da equipe presente no set. A produção também destaca a evolução recente nos protocolos de filmagem, como a introdução de coordenadores de intimidade, que buscam evitar situações semelhantes.
Apesar de ter construído uma carreira com mais de 50 filmes, a atriz nunca escapou totalmente da sombra do polêmico papel. O filme e o livro que o inspirou buscam reavaliar sua trajetória, dando voz a uma história que foi amplamente ignorada na época. A discussão levantada pela produção reflete mudanças na indústria, impulsionadas por movimentos como o MeToo, que exigem maior responsabilidade e respeito aos limites dos artistas.