A filha de um alto funcionário do governo francês revelou ter sido vítima de violência física por parte de um membro de uma congregação religiosa ligada a uma escola católica. O caso ocorreu durante um acampamento de verão, quando ela tinha 14 anos, e incluiu agressões como socos e chutes. A vítima afirmou que não compartilhou o ocorrido com seu pai na época, citando seu envolvimento político como motivo.
A escola em questão, Notre-Dame de Bétharram, está no centro de um escândalo envolvendo cerca de 200 ex-alunos que relataram ter sofrido abusos físicos e sexuais. O político, que já foi ministro da Educação, será ouvido por uma comissão parlamentar que investiga as denúncias. Ele nega ter conhecimento dos fatos na época, embora seus filhos tenham estudado na instituição e sua esposa tenha lecionado lá.
O caso ganhou novos contornos após a divulgação do relato da filha do político, que descreveu os episódios de violência em detalhes. Ela destacou a cultura de silêncio que permeava a comunidade, onde, segundo suas palavras, “quanto mais testemunhas há, menos se fala”. A investigação continua, com foco nas responsabilidades institucionais e na apuração dos fatos ocorridos nas décadas passadas.