Em uma cerimônia carregada de emoção, fiéis reuniram-se na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, para uma missa de réquiem em homenagem ao papa Francisco, falecido na última segunda-feira aos 88 anos. A liturgia, celebrada no local onde os cristãos acreditam ter ocorrido a crucificação e ressurreição de Jesus, misturou lágrimas e esperança entre os presentes. Na’ma Tarsha, uma aposentada de 75 anos, destacou o legado de esperança deixado pelo pontífice, mesmo diante dos desafios na Palestina, e enalteceu o simbolismo da igreja que abriga o “túmulo vazio”.
A missa foi presidida pelo patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, acompanhado por religiosos de diversas ordens, diplomatas e fiéis locais e estrangeiros. O cardeal, que seguirá para Roma para participar do funeral e do conclave, foi alvo de especulações sobre seu possível papel na sucessão papal. Um cristão palestino, que preferiu não se identificar, expressou apreço pelos apelos de paz de Pizzaballa, mas ressaltou a importância de sua permanência na região.
A cerimônia também contou com a participação de um cardeal ucraniano, simbolizando, para alguns, a mensagem de reconciliação do papa Francisco. Arthur Trusch, um jovem voluntário alemão, destacou a importância histórica do momento, mesmo não sendo católico. A liturgia reforçou o compromisso do falecido pontífice com a paz, lembrado especialmente por suas críticas à guerra em Gaza e sua visita à Terra Santa em 2014.