Mais de três mil indígenas de 16 aldeias se reuniram na Aldeia Marajaí, em Alvarães (AM), para a 3ª edição do Festival de Danças e Jogos Interculturais Indígenas. O evento, que começou na segunda-feira (14) e terminou no sábado (19), Dia dos Povos Originários, transformou o local em um mosaico de culturas, cores e histórias. Com danças, cantos e competições tradicionais, os participantes celebraram suas raízes e reforçaram a luta pela demarcação de terras e a preservação do meio ambiente.
Ao longo da semana, foram disputadas 13 modalidades, como arco e flecha, canoagem e corrida com tora, atividades que vão além do esporte e representam práticas ancestrais ligadas à terra. O cacique Jeferson Tikuna destacou o impacto positivo do festival, especialmente entre as crianças, que estão revivendo o interesse pela língua, música e tradições de seus povos. O evento também serviu como um espaço para honrar a memória dos ancestrais, com descobertas arqueológicas na região reforçando a conexão histórica com o território.
O encerramento foi marcado por apresentações culturais e a tradicional disputa tribal, celebrando a beleza e a resistência dos povos originários. Mais do que um espetáculo, o festival se consolidou como um manifesto pela preservação das terras indígenas e o fortalecimento das tradições. Como afirmou um tuxaua, o evento é um compromisso com o futuro da floresta e das gerações que a habitam.