A primeira edição da Feira Palestina ocorre amanhã (5) no Espaço Cultural Lélia Abramo, em São Paulo, com o objetivo de apresentar a riqueza cultural da Palestina além do conflito na Faixa de Gaza. Organizado por um professor palestino radicado no Brasil, o evento conta com apoio de entidades como o Núcleo Palestina São Paulo e a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal). Os visitantes poderão adquirir artesanatos tradicionais, como bordados de tatreez, degustar pratos típicos e participar de oficinas de caligrafia árabe, henna e dabke, dança folclórica que simboliza união e resistência. A programação inclui ainda apresentações musicais, como a do multi-instrumentista Yousef Saif, encerrando o evento.
O organizador destacou em entrevista que a feira busca mostrar “o lado bonito” da Palestina, muitas vezes ofuscado pela cobertura midiática focada no conflito com Israel. Formado em matemática e educação, ele veio ao Brasil buscando melhores condições para ajudar sua família e seu povo à distância. Dados da ONU citados no texto revelam o alto custo humano do conflito, com a maioria das vítimas sendo civis, incluindo crianças, mulheres e trabalhadores humanitários.
A entrada no evento é gratuita, com oficinas pagas (mas opcionais para quem não utilizar os materiais). A feira também recebe doações voluntárias para cobrir custos. Além de celebrar a cultura palestina, o evento serve como um espaço de conscientização sobre a situação na região, combinando arte, gastronomia e reflexão política.
