A força-tarefa federal dos EUA enviou uma carta à Universidade Harvard na quinta-feira (3) exigindo mudanças em suas políticas, sob risco de perder quase US$ 9 bilhões em financiamento público. Entre as demandas estão a eliminação de programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), a proibição de máscaras em protestos no campus e a cooperação total com agências de imigração e reguladores federais. A medida ocorre após anúncio de revisão de contratos e subsídios federais destinados à universidade, que somam US$ 8,7 bilhões em bolsas e US$ 255 milhões em contratos.
A revisão faz parte de um esforço do governo para combater o antissemitismo em universidades, ampliado após os protestos relacionados à guerra entre Israel e Hamas. O presidente de Harvard afirmou que cortes no financiamento prejudicariam pesquisas científicas cruciais, mas reforçou o compromisso da instituição em enfrentar a intolerância. Paralelamente, quase 800 docentes pediram que a universidade resistisse às pressões políticas, argumentando que as medidas ameaçam liberdades acadêmicas fundamentais.
Outras instituições, como Brown University e Columbia, também enfrentam revisões semelhantes, com cortes já implementados nesta última. A Universidade da Pensilvânia teve US$ 175 milhões em verbas suspensos, sinalizando uma tendência de condicionar financiamento federal a ajustes nas políticas internas das instituições de ensino superior. As universidades envolvidas negam irregularidades e destacam os impactos negativos dessas medidas em suas atividades acadêmicas e de pesquisa.