O Federal Reserve de Richmond alerta que as propostas tarifárias do governo dos EUA podem causar mudanças significativas na política comercial do país, com impactos econômicos variados entre setores e regiões. Segundo o relatório, a carga tarifária média poderia saltar de 2,2% para até 17% no cenário mais agressivo, afetando especialmente as relações com Canadá, México e União Europeia. O documento destaca que setores-chave, como o automotivo, enfrentariam interrupções generalizadas, com riscos para cadeias de suprimentos e custos mais altos para os consumidores.
Líderes empresariais, principalmente da indústria manufatureira, expressam preocupação crescente com as políticas comerciais, que agora são classificadas como a prioridade mais urgente por mais de 30% das empresas. Esse número mais que triplicou em relação ao trimestre anterior, refletindo a apreensão diante dos possíveis aumentos de custos e da desestabilização do comércio internacional. O Fed ressalta que os efeitos negativos, como preços mais altos e rupturas na produção, podem superar quaisquer benefícios em empregos em setores protegidos.
O relatório sugere que os formuladores de políticas monetárias avaliem cuidadosamente os custos das tarifas em relação aos objetivos pretendidos, recomendando medidas direcionadas para mitigar os impactos nas comunidades e setores mais afetados. A análise enfatiza a necessidade de equilíbrio entre proteção comercial e manutenção da estabilidade econômica, evitando consequências indesejadas para a economia norte-americana. O texto não aborda as possíveis retaliações de outros países, que poderiam ampliar ainda mais os efeitos negativos.