O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 13 ex-executivos do Grupo Americanas por envolvimento em um esquema de fraude contábil que teria causado prejuízos de aproximadamente R$ 25 bilhões. Segundo as investigações, as irregularidades ocorreram entre 2016 e 2022, com manipulação de resultados financeiros para inflar lucros e valorizar ações da empresa. Entre as evidências apresentadas estão e-mails, mensagens e documentos que mostram discrepâncias nos registros contábeis, além de relatos de colaboração premiada de três ex-executivos.
O caso veio à tona em janeiro de 2023, quando a nova gestão da Americanas identificou inconsistências nos balanços, levando à queda acentuada das ações e a uma perda de valor de mercado superior a R$ 70 bilhões. A empresa entrou em recuperação judicial, com um plano aprovado em 2024 que reconhece dívidas de mais de R$ 50 bilhões, envolvendo milhares de credores. Grandes bancos e acionistas comprometeram-se a injetar R$ 24 bilhões para evitar a falência.
O processo tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro, enquanto as defesas dos acusados analisam as acusações. O MPF sustenta que as fraudes prejudicaram credores e acionistas, com operações contábeis irregulares que distorciam o faturamento real. O caso segue em investigação, com expectativa de novos desdobramentos.