A Polícia Federal (PF) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência de um inquérito atualmente supervisionado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando riscos de vazamento de informações que poderiam prejudicar as investigações. O caso está relacionado à Operação Sisamnes, que apura a venda de decisões judiciais no STJ, e também investiga a divulgação indevida de operações policiais. Durante a análise de celulares apreendidos em outra operação, a PF encontrou indícios de vazamentos, incluindo diálogos envolvendo um desembargador e um familiar de uma autoridade.
O ministro responsável pelo caso autorizou buscas e apreensões, reconhecendo a conexão com a Operação Sisamnes. Atualmente, quatro gabinetes de ministros do STJ estão sob investigação. Recentemente, um mandado de prisão foi cumprido, e documentos sigilosos foram localizados no computador de um dos investigados. As autoridades envolvidas negaram ter obtido informações privilegiadas, enquanto a defesa do indivíduo preso ainda não se manifestou sobre os novos desdobramentos.
O caso destaca a preocupação com a segurança de informações sensíveis no âmbito judicial e reforça a necessidade de medidas para evitar vazamentos que possam comprometer investigações em andamento. A situação também levanta questões sobre a integridade de processos judiciais e a possível influência de agentes externos. A PF e o STF continuam a analisar os próximos passos para garantir a lisura das apurações.