O diretor-geral da Polícia Federal afirmou, durante a Brazil Conference nos Estados Unidos, que os envolvidos em tramas golpistas após as eleições de 2022 merecem uma reprimenda proporcional aos seus atos. Ele destacou que os crimes investigados não são incidentes menores, como danos a patrimônio, mas sim ações graves contra a democracia. A declaração ocorre em meio a discussões sobre um projeto de anistia para presos ligados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes em Brasília.
O procurador-geral da República, que também participou do evento, reforçou a necessidade de responsabilizar os implicados nos atos antidemocráticos. Segundo dados da PGR, mais de 1,5 mil pessoas foram denunciadas por crimes relacionados aos ataques, sendo quase 500 acusadas de tentativa de golpe de Estado, com penas que podem chegar a 17 anos de prisão. As investigações apontam para uma conspiração organizada, com indiciamentos de figuras-chave do governo anterior.
O tom das declarações reflete a postura das instituições em tratar os eventos pós-eleitorais como uma ameaça séria à ordem democrática. Enquanto alguns grupos pressionam por clemência, as autoridades mantêm o foco na aplicação da lei, destacando a gravidade dos crimes cometidos. O caso continua a ser um marco na discussão sobre justiça e estabilidade institucional no país.