Uma juíza federal suspendeu as demissões em massa realizadas na Agência de Proteção Financeira ao Consumidor dos Estados Unidos (CFPB), após expressar preocupação com a possível violação de ordens judiciais pelo governo. As demissões, que atingiram até 90% dos funcionários na quinta-feira (17), foram contestadas por não seguirem uma avaliação individualizada, conforme determinado por um tribunal de apelações. A magistrada destacou a necessidade de garantir que as ações da agência estejam em conformidade com as decisões judiciais antes de qualquer medida adicional.
Uma testemunha relatou que colaboradores ligados a um departamento associado a um bilionário desconsideraram as ordens do tribunal e impuseram condições abusivas de trabalho, incluindo turnos excessivos sem intervalos. Enquanto isso, o diretor jurídico da CFPB afirmou que as demissões foram baseadas em uma análise detalhada das necessidades da agência, que indicou excesso de recursos. A Casa Branca e a própria agência não se pronunciaram sobre os recentes desenvolvimentos.
A juíza determinou a suspensão das demissões até que seja avaliado se o governo está cumprindo as exigências legais, garantindo também que os funcionários mantivessem acesso aos sistemas de trabalho. O caso reflete tensões mais amplas sobre o futuro da agência, alvo de críticas por parte de autoridades que alegam desperdício de recursos, mas que, segundo funcionários, deve continuar operando de alguma forma. A decisão judicial destaca a complexidade entre reformas administrativas e o respeito às garantias legais.