O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar denúncias de violência contra indígenas Munduruku que protestam na BR-230, no Pará. Desde 25 de março, o grupo bloqueia a rodovia em oposição ao marco temporal, que restringe a demarcação de terras indígenas. Relatos recebidos pelo MPF indicam que manifestantes, incluindo mulheres, crianças e idosos, teriam sido alvo de ameaças, disparos de arma de fogo e tentativas de atropelamento por parte de caminhoneiros.
O MPF solicitou informações às forças de segurança, incluindo a PRF, a PF e a Polícia Militar do Pará, para identificar autores e provas dos supostos crimes. A procuradora da República Thaís Medeiros da Costa esteve no local e ouviu relatos de agressões, como pedradas e tiros. O órgão também acionou instituições como o Ministério dos Direitos Humanos e a Funai para garantir a segurança dos indígenas.
Além da apuração criminal, o MPF defende a necessidade de diálogo interétnico e intercultural, com participação de órgãos públicos e de defesa dos direitos humanos, para assegurar a proteção dos povos originários. O caso segue sendo monitorado, com dados da área cível sendo utilizados para embasar as investigações.