O governo federal anunciou a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) preventivo com o setor hoteleiro de Belém para evitar aumentos abusivos nos preços de hospedagem durante a COP30, que ocorrerá em novembro deste ano. A iniciativa, discutida em reunião liderada pelos ministros do Turismo e da Casa Civil, contará com a participação de plataformas como Booking.com e Airbnb, além da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). O objetivo é estabelecer regras claras e garantir previsibilidade para os visitantes, evitando práticas especulativas que possam prejudicar a imagem da cidade como destino turístico.
A escassez de leitos em Belém é apontada como um dos principais motivos para a disparada nos preços, com a região metropolitana oferecendo cerca de 24 mil vagas para uma expectativa de 50 mil participantes. Diante desse cenário, o governo federal planeja criar 26 mil novos leitos e lançar uma plataforma oficial de acomodações. Embora alguns imóveis de alto padrão tenham sido anunciados por valores exorbitantes—chegando a R$ 600 mil pelo período total do evento—poucos contratos foram fechados, e corretores já observam uma correção nos preços para patamares mais realistas.
Além do TAC, o Procon estadual fará fiscalizações durante o evento, enquanto plataformas como a Booking.com afirmam não interferir nos valores, que são definidos pelos proprietários. O governo do Pará também prepara um site para centralizar as ofertas de hospedagem, visando equilibrar demanda e acessibilidade. A medida busca assegurar que a COP30 seja marcada por uma experiência positiva para todos os participantes, reforçando a reputação de Belém e do Brasil no cenário internacional.