O governo federal anunciou que elaborará um plano para ressarcir aposentados e pensionistas do INSS que tiveram descontos irregulares em seus benefícios, após a descoberta de um esquema bilionário de fraudes. Investigações revelaram que associações e sindicatos cobravam mensalidades indevidas, muitas vezes sem autorização, falsificando assinaturas e oferecendo serviços inexistentes. Os valores desviados entre 2019 e 2024 podem chegar a R$ 6,3 bilhões, afetando potencialmente milhões de beneficiários.
Para verificar se houve descontos indevidos, os aposentados devem consultar o extrato no Meu INSS e, se necessário, solicitar a exclusão da cobrança pelo aplicativo, site ou central 135. O governo suspenderá todos os descontos mensais a partir de maio, garantindo que eventuais valores já lançados sejam ressarcidos. Uma força-tarefa entre INSS e CGU será responsável pelo ressarcimento integral, mas ainda não há prazos ou detalhes sobre como ocorrerá a devolução.
A operação, que resultou em prisões e apreensões em 13 estados, investiga 6 milhões de casos de descontos associativos, embora ainda não se saiba quantos foram fraudulentos. O objetivo é proteger os beneficiários, assegurando que recebam seus benefícios sem cortes indevidos. Enquanto isso, reclamações podem ser registradas no Portal Consumidor.Gov ou na Ouvidoria do INSS. O presidente do INSS foi demitido, mas seu substituto ainda não foi anunciado.