O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, declarou-se pessoalmente contra a cassação do mandato de Glauber Braga, considerando a punição aprovada pelo Conselho de Ética um exagero. Ele sugeriu que uma suspensão de seis meses seria mais adequada, reservando a cassação para casos graves, como corrupção. No entanto, afirmou que, como líder partidário, seguirá a posição majoritária da bancada, que é favorável à retirada do mandato.
O Conselho de Ética da Câmara aprovou, na última quarta-feira, a cassação por 13 votos a cinco, após um processo relacionado a um incidente envolvendo um influenciador político. O parlamentar alega que o relatório foi manipulado e fez críticas ao então presidente da Casa. Enquanto aguarda o desfecho, Glauber Braga iniciou uma greve de fome e permanece no Congresso, recebendo apoio de ministros e colegas.
O caso, que se arrasta desde 2024, ganhou novos contornos com a decisão do deputado de se recusar a se alimentar até a resolução final. Sua equipe informou que ele só tem ingerido líquidos, sob monitoramento médico, e já perdeu peso. O processo ainda pode ser recorrido na CCJ antes de ser submetido ao plenário, prolongando a disputa que divide opiniões no Legislativo.