O Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro de um médico condenado por abusar sexualmente de pacientes em um posto de saúde no interior de Alagoas. A decisão, tomada no início do mês, segue a sanção aplicada pelo Conselho Regional de Medicina do estado (CRM-AL). O profissional já havia sido afastado das funções em 2019, após ser sentenciado a mais de nove anos de prisão por crimes cometidos entre 2014 e 2019.
De acordo com as investigações, as vítimas eram submetidas a exames ginecológicos desnecessários, sob o pretexto de investigar possíveis doenças. O Ministério Público do Estado (MPE) relatou que o médico agia de forma padronizada, aproveitando-se da condição de vulnerabilidade das pacientes. O caso ganhou repercussão após denúncias de três vítimas, que detalharam os abusos durante os atendimentos.
Apesar da condenação, o profissional retornou a uma instituição de ensino superior em 2022, cumprindo uma decisão judicial. Atualmente, ele responde a um processo administrativo relacionado a uma nova denúncia de abuso ocorrida em um hospital universitário. O caso reforça a importância da fiscalização e da responsabilização de profissionais que violam a ética médica.