A federação entre União Brasil e PP, agora chamada União-Progressistas, reúne a maior bancada do Congresso e a maior fatia do fundo eleitoral, com cerca de R$ 1 bilhão em recursos. Ambos os partidos têm histórico de baixa adesão a pautas do governo, especialmente em temas ideológicos, e já há discussões internas sobre um possível afastamento definitivo da base aliada. Enquanto alguns defendem uma saída gradual até 2026, outros afirmam que a federação não altera a independência das legendas em relação ao Planalto.
Apesar de ocuparem ministérios e cargos federais, como Turismo, Esportes e Comunicações, os dois partidos frequentemente votam contra o governo em questões polêmicas, como decisões do STF e anistias. Em pautas econômicas, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal, a oposição foi menor, mas ainda significativa. A federação também sinaliza ambições presidenciais, com o governador de Goiás sendo cotado como pré-candidato, embora sua viabilidade dependa de desempenho em pesquisas.
O cenário político sugere que a União-Progressistas pode se tornar um ator-chave na oposição, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. Enquanto alguns integrantes pressionam por uma guinada mais assertiva, outros preferem manter a autonomia das legendas. A movimentação reforça a instabilidade da base governista e o potencial realinhamento das forças políticas no Congresso.