O diretor do Federal Reserve (Fed) indicou nesta segunda-feira que pode apoiar cortes de juros antecipados e uma flexibilização monetária mais ampla caso os Estados Unidos entrem em recessão. Em discurso preparado, ele destacou que, diante de uma economia em desaceleração, o risco de recessão pode superar o da inflação, mesmo que esta permaneça acima da meta de 2%. A decisão final dependerá do desfecho das negociações sobre tarifas de importação, que definirão os impactos na inflação e na atividade econômica.
Waller apresentou dois cenários possíveis: um mais favorável, com tarifas médias de 10% e inflação atingindo um pico de 3% antes de retomar a trajetória de queda, e outro mais adverso, com tarifas de 25% e inflação subindo para 5%. Em ambos os casos, os efeitos sobre emprego e crescimento econômico seriam prolongados, variando apenas em intensidade. A magnitude desses impactos determinará se o país enfrentará ou não uma recessão.
Sem uma contração econômica concreta, o Fed pode adotar uma postura paciente, reduzindo os juros apenas no segundo semestre de 2025 e com medidas mais limitadas. O diretor reforçou que a política monetária será guiada pelos dados, equilibrando os riscos entre inflação e desaceleração econômica.