A Páscoa no Brasil movimenta um mercado de ovos de chocolate que deve atingir 45 milhões de unidades vendidas em 2025, segundo a ABICAB. Além do varejo tradicional, destaca-se um movimento crescente de fazendas que integram toda a cadeia produtiva, do cultivo do cacau à fabricação dos ovos. Esses projetos, conhecidos como “Tree to Bar” ou “Bean to Bar”, valorizam a rastreabilidade, a qualidade e a identidade do chocolate, atraindo consumidores que buscam produtos premium e sustentáveis.
Entre os exemplos, estão a Mestiço Chocolates, na Bahia, que produz ovos com infusões criativas como gin e casca de tangerina, e a Baianí Chocolates, que combina cacau cultivado em sistema agroflorestal com sabores como cachaça e café. No Espírito Santo, a Capitão Redighieri Chocolates se destaca pelo uso de variedades nobres de cacau, enquanto a Cacauway, no Pará, une agricultura familiar e sustentabilidade, usando folhas de cacaueiro como embalagem.
Essas iniciativas não apenas elevam o padrão do chocolate brasileiro, mas também abrem oportunidades comerciais em plataformas digitais e parcerias com marcas especializadas. Com ovos que variam de 50% a 100% de cacau e recheios inovadores, essas fazendas provam que a Páscoa pode ser uma celebração de renascimento tanto para a tradição quanto para a inovação no agronegócio.