Durante o feriado prolongado da Sexta-feira Santa e Tiradentes, a Baixada Santista registrou sete mortes por afogamento, com a maioria ocorrendo em Praia Grande. O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) destacou que as fases da Lua, especialmente a transição entre Cheia e Minguante, influenciaram a agitação do mar, aumentando o risco de correntezas perigosas. A oceanógrafa Mariana Amaral explicou que, nessas condições, as marés ficam mais extremas, agravadas por fatores como ventos e frente fria, que atingiu a região no sábado (19).
Além das condições naturais, o GBMar alertou para os perigos das correntes de retorno, responsáveis pela maioria dos afogamentos. A corporação reforçou a importância de respeitar a sinalização das praias e evitar áreas desprotegidas, especialmente sob efeito de álcool ou sem habilidade para nadar. Durante o feriado, foram registrados 86 casos de afogamento, com 102 pessoas salvas e mais de 34 mil prevenções realizadas em todo o litoral paulista.
Os incidentes mais graves incluíram um casal de turistas e um adolescente em Praia Grande, além de um homem em Itanhaém, que morreu após ser resgatado em estado grave. O GBMar destacou a atuação dos guarda-vidas, que utilizaram até helicópteros para resgates, e reiterou a necessidade de conscientização sobre os riscos do mar em condições adversas. A combinação de fatores naturais e falta de atenção às orientações foi determinante para o aumento de casos.