O Dia Nacional da Família foi marcado por discussões sobre a necessidade de maior integração entre famílias, escolas e poder público para promover uma educação integral de crianças e adolescentes. Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, especialistas destacaram desafios como a falta de estrutura familiar, o distanciamento das escolas e o impacto das redes sociais na formação dos jovens. Ana Beatriz Goldstein, representante da Secretaria de Educação do Distrito Federal, ressaltou a importância de políticas públicas que considerem a realidade das famílias modernas, como mães solo e pais com dificuldades para participar da vida escolar, defendendo a aplicação de leis que incentivem a gestão democrática nas instituições de ensino.
O psiquiatra Augusto Cury criticou o modelo educacional atual, argumentando que as escolas devem priorizar o desenvolvimento emocional dos alunos em vez de apenas transmitir conteúdo. Ele alertou para os efeitos da “síndrome do pensamento acelerado” e do excesso de informações, que contribuem para o aumento de transtornos mentais entre estudantes. Para Cury, é essencial que a educação promova empatia, interatividade e protagonismo, reconectando famílias e escolas em um ambiente acolhedor e significativo.
A senadora Damares Alves e outros participantes destacaram a necessidade de reduzir o distanciamento entre famílias e escolas, defendendo maior participação dos pais na gestão educacional. Representantes de organizações como o IBDR e a Family Talks apontaram desafios como a polarização ideológica e a falta de diálogo entre instituições e comunidades. Roberta Guedes, da Associação Nacional de Educação Católica, enfatizou a importância de parcerias baseadas em deveres e direitos mútuos, garantindo acesso a cultura, esporte e lazer como pilares para uma formação integral.