A família Collor possui uma longa trajetória na vida pública brasileira, especialmente em Alagoas, onde construiu uma base de poder ao longo de décadas. Com raízes que remontam aos anos 1940, a família teve membros em cargos como governador, senador e deputado federal, além de influência no Judiciário e no Executivo. Apesar de escândalos e perda de prestígio nacional, o clã manteve relevância local, inclusive por meio de controle midiático através da Organização Arnon de Mello (OAM), que inclui veículos como a Gazeta de Alagoas e a TV Gazeta.
Recentemente, a família enfrentou novos desafios, com a prisão de um de seus membros mais conhecidos, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Isso acelerou o declínio de sua influência política, permitindo que outros grupos, como os de Renan Calheiros e Arthur Lira, dominassem o cenário estadual. Apesar disso, a OAM segue como um instrumento de peso, mantendo a presença da família no debate público, mesmo sem o mesmo poder de outrora.
Em 2024, um sobrinho do ex-presidente tentou se eleger vereador em Maceió, utilizando estratégias que incluíam o nome e a imagem do tio. A campanha contou até com o apoio de uma ex-cunhada, que já havia participado de denúncias históricas nos anos 1990. A candidatura, no entanto, não foi bem-sucedida, reforçando as dificuldades atuais da família em renovar sua base política. A trajetória do clã ilustra tanto a força de dinastias políticas no Brasil quanto os limites de sua permanência em um cenário em transformação.