A Faculdade Santa Marcelina decidiu expulsar 12 alunos do curso de medicina após serem fotografados ao lado de um bandeirão com uma frase que faz alusão ao estupro durante um evento esportivo universitário em março. A instituição afirmou que outros 11 estudantes receberam sanções disciplinares, como suspensões, e que a Associação Atlética Acadêmica permanecerá interditada por tempo indeterminado. A medida foi tomada após sindicâncias internas e investigações policiais, destacando o compromisso da faculdade com princípios éticos e legais.
O caso ganhou repercussão após denúncia do Coletivo Francisca, grupo feminista da instituição, que apontou a relação da mensagem com um hino banido em 2017 por conter conteúdo machista e violento. A letra do hino, que incluía referências explícitas a crimes sexuais, havia sido proibida após pressão do mesmo coletivo. A faculdade reiterou que atitudes como essas violam seus valores e a legislação vigente, incluindo uma lei estadual que proíbe trotes universitários humilhantes ou violentos.
Além da ação disciplinar interna, o caso foi encaminhado ao Ministério Público e à Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar possível apologia ao crime. O incidente reacendeu debates sobre a cultura machista em ambientes acadêmicos, especialmente em cursos como medicina, onde práticas similares já foram reportadas em outras instituições. A faculdade reforçou sua posição contrária a qualquer forma de violência ou discriminação, prometendo medidas rigorosas para coibir futuros episódios.