As exportações de aço do Brasil para os Estados Unidos aumentaram 23,9% em março de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, mesmo com a entrada em vigor de tarifas norte-americanas de 25% sobre o produto. As vendas somaram US$ 372 milhões no mês, segundo dados do Mdic. O governo brasileiro atribui o crescimento a fatores como embarques antecipados, a vigência das taxas apenas a partir de 12 de março e a possível antecipação de vendas por parte dos exportadores para evitar custos adicionais.
Especialistas alertam que os efeitos completos das tarifas só devem ser observados a partir de julho, quando os dados incorporarem um período mais longo. Além do aço, os EUA também impuseram tributações sobre alumínio e carros importados, medidas que fazem parte da política comercial do governo norte-americano para proteger a indústria local. O Brasil, como um dos principais fornecedores desses produtos, pode enfrentar reduções significativas nas exportações, com estimativas de perdas entre US$ 700 milhões e US$ 1,5 bilhão.
A política tarifária dos EUA, defendida como forma de combater o que chamam de “comércio estrangeiro injusto”, atingiu seu ápice em abril com a cobrança de tarifas recíprocas sobre produtos ainda não taxados. O Brasil foi incluído nessa medida, com uma alíquota de 10%. Analistas destacam que o impacto econômico para o país dependerá da capacidade de adaptação dos exportadores e de possíveis negociações comerciais no futuro.