As exportações alemãs para os Estados Unidos alcançaram em 2024 o maior patamar desde 2002, representando 10,4% do total, com um valor de 161,3 bilhões de euros. Os EUA se consolidaram como o principal parceiro comercial da Alemanha, superando a China, que ocupava essa posição desde 2016. No entanto, a desaceleração econômica chinesa e as novas tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre produtos europeus ameaçam a sustentabilidade desse crescimento.
O anúncio de tarifas de 10% sobre importações da União Europeia e de 25% sobre automóveis, aço e alumínio já impacta setores estratégicos da Alemanha, como o automotivo. A Volkswagen, por exemplo, prevê o menor lucro trimestral desde 2021 devido às medidas. O país, altamente dependente das vendas externas, busca reduzir sua vulnerabilidade com investimentos em infraestrutura e defesa, afrouxando políticas fiscais restritivas.
O setor farmacêutico alemão, que exportou 27 bilhões de euros em produtos para os EUA em 2024, também enfrenta incertezas com a possibilidade de novas tarifas. Empresas como Bayer e Merck podem ser afetadas, pressionando ainda mais a economia alemã. Enquanto isso, a relação comercial entre os dois países segue em xeque, com riscos de escalada nas tensões comerciais.