Uma explosão ocorreu na porta da polícia de La Plata, no departamento de Huíla, no sul da Colômbia, durante as celebrações da Semana Santa. O dispositivo, colocado em uma motocicleta, matou duas pessoas e feriu pelo menos 24, causando pânico entre os moradores que participavam das cerimônias religiosas. As vítimas foram identificadas por veículos locais como dois irmãos, um jovem de 17 anos e uma mulher de 19 anos. As autoridades ainda não confirmaram a autoria do ataque, mas a região é conhecida pela atuação de dissidentes de grupos armados.
O ataque em Huíla ocorreu no mesmo dia em que outro atentado semelhante deixou uma mulher morta e vários feridos em Mondomo, no departamento de Cauca. O governo colombiano atribuiu ações recentes a dissidentes de um antigo grupo guerrilheiro, acusando-os de envolvimento com o tráfico de drogas e atos de terrorismo. O ministro da Defesa afirmou que esses grupos continuam a recusar acordos de paz, cometendo violências contra civis, incluindo o recrutamento de menores.
O governo decidiu não renovar o cessar-fogo com uma das principais dissidências, encerrando um período de 18 meses de trégua. Autoridades locais e membros do Congresso condenaram os ataques, classificando-os como atos de barbárie e criticando a política de segurança do governo. O governador de Huíla expressou solidariedade às famílias afetadas, enquanto parlamentares destacaram a sensação de impunidade entre os criminosos.