O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi exonerado após a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União, assinada pela ministra substituta da Casa Civil. A decisão ocorre no mesmo dia em que uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União foi deflagrada para investigar suspeitas de descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas. O afastamento foi determinado pelo presidente da República, seguindo uma ordem judicial que já havia suspendido cautelarmente o dirigente e outros cinco servidores públicos.
A operação, batizada de “Sem Desconto”, apura um suposto esquema nacional de cobranças não autorizadas, com estimativa de R$ 6,3 bilhões descontados indevidamente entre 2019 e 2024. Em resposta, o governo federal suspendeu todos os acordos de cooperação técnica que permitiam a cobrança direta de mensalidades associativas de beneficiários do INSS. A medida busca evitar novos abusos enquanto as investigações estão em curso.
O ex-presidente do INSS havia assumido o cargo em 2023, após indicação do ministro da Previdência, que defendeu o direito à presunção de inocência de todos os investigados. Antes disso, ocupou funções na Procuradoria-Federal Especializada junto ao INSS por seis anos. A exoneração marca mais um capítulo no caso, que segue sob apuração das autoridades competentes.