O Poder Executivo enviou ao Congresso Nacional a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, que prevê um salário mínimo de R$ 1.630, representando um reajuste de 7,37% em relação ao valor atual, com ganho real de 2,5% acima da inflação. A meta de superávit primário foi estabelecida em R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB, com perspectivas de aumento para os anos seguintes. O projeto também fixa o limite de despesas em R$ 2,43 trilhões, com redução gradual das despesas discricionárias e crescimento das obrigatórias, como Previdência Social e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O governo projeta uma desaceleração econômica em 2025, seguida de recuperação a partir de 2026, com crescimento médio de 2,5% ao ano até 2029. A inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 4,9% em 2025 e cair para 3,5% em 2026, dentro da meta estabelecida. O documento também menciona expectativas de estabilidade cambial, com o dólar em torno de R$ 5,90, e redução gradual da taxa Selic a partir de 2026, alinhada às projeções de mercado.
A proposta busca conciliar responsabilidade fiscal com políticas sociais, destacando a importância do equilíbrio entre controle de gastos e investimentos em áreas prioritárias. O Ministério do Planejamento enfatiza a necessidade de eficiência na alocação de recursos, especialmente em despesas obrigatórias, para garantir sustentabilidade fiscal sem comprometer o bem-estar social. O texto será analisado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e deve ser votado até 17 de julho.