A decisão do governo dos EUA de excluir smartphones e outros produtos eletrônicos importados de tarifas elevadas, aplicadas a mercadorias chinesas e de outros países, pode trazer vantagens para a Tesla. A medida, divulgada pela Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, inclui peças como semicondutores, telas sensíveis ao toque e circuitos integrados, componentes essenciais para os veículos elétricos da montadora. Como muitas dessas peças são fabricadas na Ásia, a isenção pode reduzir custos de produção, evitando um aumento estimado de US$ 4 mil por unidade.
A Tesla depende de fornecedores como TSMC e Samsung, que possuem fábricas na China, Taiwan e Coreia do Sul — países afetados pelas tarifas americanas. Atualmente, os produtos importados da Coreia do Sul estão sujeitos a uma taxa de 10%, que pode subir para 25%, enquanto as importações de Taiwan enfrentam uma possível alta de 10% para 32%. A China, por sua vez, já sofre com tarifas de 145%. A montadora não se pronunciou sobre o assunto, mas a medida pode aliviar parte da pressão sobre seus custos.
Cerca de 25% das peças dos carros da Tesla vendidos nos EUA vêm do México, enquanto 65% são produzidos no Canadá e nos próprios Estados Unidos, segundo dados da National Highway Traffic Safety Administration. A suspensão temporária das tarifas recíprocas pode, portanto, ser crucial para manter a competitividade da empresa no mercado americano, evitando aumentos significativos nos preços de seus veículos.