A decisão do governo dos Estados Unidos de isentar produtos eletrônicos, como smartphones e computadores, das tarifas impostas à China foi recebida como um alívio para grandes empresas de tecnologia, incluindo Apple, Nvidia e Microsoft. A medida é vista como um sinal de flexibilização na política comercial norte-americana, embora setores como semicondutores e farmacêuticos ainda possam enfrentar sobretaxas no futuro. Analistas destacam que a Apple, cuja produção permanece concentrada na China, é uma das principais beneficiadas, já que suas ações haviam sofrido forte queda após o anúncio das tarifas recíprocas.
Embora a isenção traga alívio imediato, o governo dos EUA mantém a tarifa de 20% sobre importações chinesas relacionadas ao fentanil e sinaliza possíveis investigações sobre chips, o que pode levar a novas medidas. A Casa Branca reforçou que empresas estão sendo incentivadas a realocar sua produção para os Estados Unidos, reduzindo a dependência da China em tecnologias críticas. No entanto, especialistas alertam que as tarifas já em vigor podem pressionar a inflação e impactar o crescimento econômico norte-americano.
A movimentação reflete os desafios da guerra comercial, que continua a gerar incertezas no mercado global. Enquanto algumas empresas comemoram a isenção, outras permanecem sob ameaça de futuras tarifas, evidenciando a complexidade das relações econômicas entre as duas potências. O cenário segue em aberto, com decisões sendo tomadas de forma gradual e, segundo o presidente Trump, “instintiva”.