A ex-primeira-dama do Peru, esposa de um ex-presidente, recebeu asilo político no Brasil após ser condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Ela se refugiou na Embaixada do Brasil em Lima antes da sentença e, com um salvo-conduto do governo peruano, viajou para Brasília. O caso está ligado a supostos repasses ilegais de uma construtora brasileira e do governo venezuelano durante campanhas eleitorais.
As investigações, parte da operação conhecida como Lava Jato peruana, duraram três anos e incluíram agendas pessoais com anotações sobre encontros com representantes da empreiteira. A defesa alega falta de provas concretas sobre a origem ilícita dos recursos e planeja recorrer da decisão. Enquanto isso, o ex-presidente cumpre pena em uma base policial reservada para ex-líderes condenados.
A ex-primeira-dama, que nega as acusações, afirmou precisar de tratamento médico no Brasil, motivo pelo qual solicitou o asilo. O governo peruano autorizou sua saída do país, assim como a de seu filho mais novo. O caso reflete um histórico de ex-presidentes peruanos envolvidos em escândalos de corrupção, com alguns já condenados ou sob investigação.