O governo brasileiro concedeu asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, que chegou ao país acompanhada do filho menor de idade. A decisão foi baseada na Convenção de Asilo Diplomático, da qual Brasil e Peru são signatários. O governo peruano garantiu o salvo-conduto para que ambos deixassem o território nacional, e agora seguirão os procedimentos de regularização migratória no Brasil. O ex-presidente do Peru, no entanto, optou por cumprir a pena de 15 anos de prisão em seu país, onde já estão detidos outros ex-líderes.
A condenação, relacionada a suposto recebimento de valores ilícitos durante campanhas eleitorais, foi alvo de críticas pela defesa, que alega irregularidades no processo. Advogados argumentam que as provas foram obtidas de forma ilícita, sem corroboração adequada, em um caso que lembra operações judiciais brasileiras. A Justiça peruana, no entanto, manteve a decisão, rejeitando pedidos anteriores de liberdade para tratamentos de saúde.
Especialistas destacam que o caso mistura questões jurídicas e políticas, mas evitam classificá-lo como perseguição. A situação reflete tensões no cenário peruano, onde figuras públicas enfrentam processos ligados a investigações internacionais. O asilo concedido pelo Brasil segue protocolos diplomáticos, sem entrar no mérito das acusações, enquanto o ex-presidente cumpre a sentença em uma unidade policial reservada a ex-líderes no Peru.