A ex-primeira-dama do Peru solicitou e obteve asilo diplomático no Brasil após ser condenada a 15 anos de prisão em seu país por lavagem de dinheiro. Ela se abrigou na embaixada brasileira em Lima e, com um salvo-conduto concedido pelo governo peruano, viajou para Brasília nesta quarta-feira (16). O Itamaraty não confirmou oficialmente o status, mas fontes diplomáticas indicam que ela foi reconhecida como asilada política.
A decisão foi baseada na Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, que permite a países signatários conceder proteção a indivíduos considerados perseguidos por motivos políticos. O governo peruano afirmou que, apesar da condenação judicial, cumpriu os trâmites legais para garantir a saída segura da ex-primeira-dama e de um filho dela, conforme exigido pelo acordo internacional.
No Brasil, o refúgio pode durar de um a dois anos, dependendo da avaliação do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). O asilo é concedido a estrangeiros que demonstrem fundado temor de perseguição em seu país de origem, seja por motivos políticos, religiosos ou violações graves de direitos humanos. O caso ainda aguarda posicionamento oficial do Itamaraty.