A ex-primeira-dama do Peru solicitou à Polícia Federal o reconhecimento da condição de refugiada para ela e seu filho menor de idade após desembarcar em Brasília nesta quarta-feira (16.abr.2025). O pedido será analisado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e ambos poderão permanecer no Brasil até a decisão final. A medida segue a concessão de asilo diplomático pelo governo brasileiro, baseado na Convenção de Asilo Diplomático de 1954, com garantias do Peru para sua saída do país.
A solicitação ocorre após uma condenação judicial no Peru por lavagem de dinheiro durante a campanha eleitoral de 2011, envolvendo recursos supostamente originários de uma empreiteira brasileira. Os envolvidos negam as acusações e alegam perseguição política. O processo durou três anos, e os recursos ainda podem ser interpostos, embora a prisão já tenha sido determinada.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que a ex-primeira-dama e seu filho receberam asilo diplomático em 15 de abril, com permissão do governo peruano para deixar o território. Agora, eles passarão pelos procedimentos de regularização migratória no país, enquanto aguardam a análise do pedido de refúgio.