O ex-presidente da República, de 75 anos, declarou em audiência de custódia que não possui doenças nem faz uso contínuo de medicamentos, contradizendo argumentos de sua defesa. Os advogados haviam solicitado prisão domiciliar, citando idade avançada e condições de saúde, como Parkinson e apneia do sono, além da necessidade de tratamentos especializados. O juiz responsável pela audiência questionou o ex-presidente sobre seu estado de saúde, seguindo protocolo padrão.
O ex-chefe do Executivo foi preso no aeroporto de Maceió enquanto aguardava voo para Brasília, onde pretendia se apresentar à Justiça. Após a audiência, o ministro do STF determinou o cumprimento da pena em regime fechado, em cela privada, e solicitou que a administração penitenciária avaliasse as condições de atendimento médico disponíveis. A Procuradoria-Geral da República também foi convidada a se manifestar sobre o caso.
A condenação, definida em 2023, envolve crimes de corrupção relacionados a contratos com uma subsidiária da Petrobras. O ex-presidente foi sentenciado a 8 anos e 10 meses de prisão, após a rejeição de recursos pela Suprema Corte. O caso remonta a denúncias de 2015 e ocorre três décadas após o impeachment do ex-mandatário, marcando um novo capítulo em sua trajetória jurídica.