Na madrugada desta sexta-feira (25), um ex-presidente foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Maceió, Alagoas, antes de embarcar para Brasília. A prisão ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que negou recursos da defesa e determinou o cumprimento da pena de oito anos e dez meses por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está vinculado a um esquema de propinas envolvendo contratos da BR Distribuidora, investigado na Operação Lava Jato.
A defesa afirmou ter sido surpreendida pela decisão, argumentando que as acusações basearam-se apenas em delações premiadas, sem provas concretas. O STF, no entanto, manteve a condenação por maioria de votos em novembro de 2024, rejeitando pedidos para reduzir a pena. Agora, aguarda-se a definição sobre onde o ex-presidente cumprirá a sentença, com a PF evitando que ele fique em suas dependências, diferentemente de casos anteriores.
O histórico político do detido inclui passagens pelo governo federal entre 1990 e 1992, quando renunciou após um processo de impeachment. Absolvido em 1994 por acusações relacionadas ao mandato, retornou à vida pública como senador até 2023. O caso reacende discussões sobre o tratamento penal de figuras públicas, especialmente em meio a especulações sobre outros possíveis processos judiciais de alto perfil.