Um ex-presidente da República foi detido na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió (AL), após decisão judicial que determinou o cumprimento imediato de pena de oito anos e dez meses em regime fechado. A condenação, já transitada em julgado, refere-se a acusações de corrupção durante a celebração de contratos irregulares com uma distribuidora vinculada a uma estatal de energia. A defesa alegou que o ex-presidente se preparava para se apresentar voluntariamente em Brasília quando foi preso.
O caso envolve o recebimento de propina para facilitar acordos entre a distribuidora e uma construtora, com troca de favores políticos. O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou os últimos recursos da defesa, considerando-os protelatórios, o que permitiu a execução da pena. Além do ex-presidente, outros dois condenados no mesmo processo também tiveram suas penas determinadas, uma em regime semiaberto e outra com restrições de direitos.
A prisão marca um novo capítulo na história política do país, encerrando uma das investigações mais antigas relacionadas a operações contra corrupção. O caso é um desdobramento de investigações amplas que atingiram figuras de alto escalão nos últimos anos. O STF deve ratificar a decisão em sessão virtual ainda nesta sexta-feira, seguindo a jurisprudência que permite o início imediato do cumprimento da pena em casos de recursos indevidamente protelatórios.