Um ex-presidente foi preso nesta sexta-feira (25) após ser condenado a mais de oito anos de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão judicial resultou de investigações da Operação Lava-Jato, que apontaram o recebimento de R$ 20 milhões em propinas em troca de apoio político e nomeações estratégicas. O acusado, que tentou retornar à vida política em 2022, terminou em terceiro lugar na disputa pelo governo de Alagoas, declarando um patrimônio de R$ 6,2 milhões na época.
Com uma trajetória política iniciada em 1979, o ex-presidente vem de uma família influente de Alagoas e acumulou bens como mansões, veículos de luxo e participações em empresas. No entanto, seu patrimônio declarado sofreu uma redução significativa entre 2018 e 2022, passando de R$ 20,6 milhões para R$ 6,2 milhões. Entre as possíveis explicações para essa queda estão penhoras de bens por dívidas trabalhistas e leilões de veículos devido a impostos não pagos.
A condenação está relacionada a um esquema de desvios de recursos em uma subsidiária da Petrobras, com valores ilícitos sendo repassados por meio de contratos fraudulentos, depósitos fracionados e compra de carros de luxo. A defesa recorreu da decisão, mas o STF considerou esgotados os recursos, determinando o cumprimento imediato da pena. O acusado nega as acusações e alega perseguição política. Ele deve ser transferido para um presídio federal nos próximos dias.