O ex-presidente do Banco Central sugeriu medidas como o congelamento do salário mínimo em termos reais e a redução de gastos tributários em 2% do PIB para reequilibrar as contas públicas. Ele comparou a situação fiscal do Brasil a um “paciente grave, mas não terminal”, defendendo um diagnóstico técnico e ações urgentes. Durante participação em um painel econômico, destacou que essas medidas poderiam gerar uma economia de 3% do PIB, suficiente para “virar o jogo” fiscal.
Além disso, ele ressaltou a necessidade de avançar em reformas estruturais, citando como exemplos positivos as mudanças já realizadas nas áreas trabalhista, previdenciária e de saneamento. No entanto, apontou que a Previdência ainda demanda uma nova grande reforma, sugerindo que o congelamento do salário mínimo por seis anos seria um passo importante. Também enfatizou a importância de harmonizar as políticas fiscal e monetária, alertando que o atual cenário de juros altos exige maior apoio do lado fiscal.
Por fim, o ex-presidente do BC criticou a execução do atual arcabouço fiscal, comparando-a a “dirigir uma Ferrari a 300 km/h em uma via pública”. Ele ainda mencionou que, além dos desafios econômicos, o Brasil precisa enfrentar questões como segurança pública e crime organizado, que têm impacto significativo no desenvolvimento do país.