Em um ato realizado na Avenida Paulista neste domingo (6/4), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que as acusações contra ele, incluindo a de liderar uma tentativa de golpe de Estado, são motivadas por perseguição política. Ele reiterou que não recuará e que, na verdade, foi vítima de um golpe ao perder as eleições de 2022. Durante o discurso, criticou autoridades do governo atual e do Judiciário, enquanto defendia a anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
A manifestação reuniu sete governadores aliados e centenas de apoiadores, que ecoaram críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e ao presidente da Câmara, Hugo Motta, pela condução da proposta de anistia. O ex-presidente também mencionou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues, condenada por pichar o STF, como exemplo de suposta injustiça. Pesquisas recentes indicam que a maioria da população é contra a liberação dos condenados pelos ataques, mas Bolsonaro afirmou que “a grande maioria do povo entende as injustiças”.
Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia também discursaram, defendendo a anistia e criticando o que chamaram de excessos judiciais. Malafaia foi particularmente incisivo, acusando autoridades de agirem como “ditadores” e cobrando maior empenho do Congresso. O evento marcou a primeira grande mobilização do ex-presidente desde que se tornou réu, reforçando a polarização política no país às vésperas das eleições de 2026.