O ex-presidente afirmou, durante um almoço com advogados críticos da OAB e do Judiciário, que não está interessado na redução de penas dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro, mas sim em uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Sua declaração ocorre em um contexto em que o presidente da Câmara tem buscado diálogo com o Executivo e o STF para revisar as condenações. O ex-presidente também mencionou um “ponto de inflexão” após o voto de um ministro do STF, que abriu espaço para discussão sobre a modulação das penas.
O presidente da Câmara, que resiste à pressão para pautar o projeto de anistia, tem defendido a pacificação nacional e evitado medidas que possam agravar a crise institucional. Enquanto isso, o partido do ex-presidente afirma estar próximo de obter assinaturas suficientes para levar a proposta a votação em plenário, embora não divulgue nomes de apoiadores. Dados indicam que mais de 200 deputados são favoráveis à medida.
O ex-presidente iniciou uma série de viagens pelo Nordeste, região com forte eleitorado governista, buscando ampliar seu apoio político. A agenda inclui cidades no Rio Grande do Norte e no Ceará, com eventos organizados por aliados locais. Enquanto isso, o debate sobre a anistia continua a dividir opiniões, com críticos argumentando que a proposta pode beneficiar diretamente o ex-presidente, que segue inelegível até 2030, mas não descarta uma candidatura em 2026.