O ex-presidente afirmou nesta quinta-feira que não está interessado na redução de penas para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, mas sim em uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. A declaração foi feita durante um encontro com advogados críticos do Judiciário e da OAB, em um contexto em que o presidente da Câmara busca negociar com o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF) uma revisão das condenações. O ex-presidente também mencionou que sua bancada está próxima de obter assinaturas suficientes para levar o projeto de anistia a votação no plenário.
O presidente da Câmara tem resistido à pressão para pautar o projeto de anistia, defendendo a pacificação nacional e evitando medidas que possam agravar a crise institucional. Durante um recente ato público, críticos acusaram o parlamentar de não agir com a velocidade desejada, mas o ex-presidente tentou amenizar as tensões, argumentando que decisões no Congresso exigem negociação e não podem ser resolvidas “na pancada”. Enquanto isso, ministros do STF têm sinalizado aberturas para discussões sobre a modulação de penas.
O ex-presidente iniciou uma série de viagens pelo Nordeste, região com forte base eleitoral do atual governo, como parte de uma estratégia articulada por aliados. O roteiro inclui cidades no Rio Grande do Norte e no Ceará, onde participará de eventos locais. Apesar de inelegível até 2030, ele mantém discurso de pré-campanha, sem descartar uma possível disputa em 2026. O debate sobre anistia segue dividindo opiniões, com defensores alegando injustiça nas condenações e críticos apontando riscos à estabilidade institucional.