O ex-presidente voltou a questionar publicamente as ações do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando o julgamento de um ex-assessor como um dos maiores escândalos do Judiciário. Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que o processo se baseia em uma minuta inexistente e destacou solidariedade a outros investigados, acusando o STF de inovações jurídicas arbitrárias. O caso envolve seis pessoas acusadas de integrar um núcleo que teria planejado medidas para anular os resultados das eleições de 2022, incluindo a suposta elaboração de um decreto de estado de sítio e o monitoramento de autoridades.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo teria utilizado estruturas do Estado para restringir o acesso de eleitores às urnas, principalmente no Nordeste, além de participar da elaboração de um documento considerado golpista. Um dos investigados está sob medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e restrições de circulação, além de ter sido multado por descumprir regras estabelecidas pelo STF. O ex-presidente criticou essas condições, alegando isolamento e censura, sem mencionar diretamente o ministro responsável pela decisão.
O julgamento, que começou nesta terça-feira (22), decidirá se a denúncia da PGR será acolhida, o que pode levar à abertura de uma ação penal contra os acusados. Caso isso ocorra, haverá nova fase de produção de provas e depoimentos antes de uma eventual condenação ou absolvição. O STF já havia aceitado a denúncia contra outro grupo envolvido no caso, e ainda estão previstos julgamentos sobre núcleos relacionados a desinformação e operações nos próximos meses.