O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao seu partido, o PL, que avalie formas de simplificar o projeto de lei que propõe anistia aos presos do 8 de janeiro. A medida visa reduzir as resistências enfrentadas na Câmara dos Deputados, onde há divergências sobre a extensão do perdão. Embora haja percepção de que as punições do STF foram rigorosas, defende-se a responsabilização dos envolvidos em atos de vandalismo contra as sedes dos três Poderes. O projeto ainda não tem formato definitivo, e discussões incluem a possível inclusão do ex-presidente e outros réus na proposta.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, busca um acordo entre os Poderes e já conversou com ministros do STF sobre o tema. O plano é levar a proposta aos líderes partidários após coletar 257 assinaturas. Enquanto alguns defendem uma anistia ampla, outros, como o Podemos, apoiam apenas perdão moderado para quem não participou de depredações. O relator do projeto pode ser substituído, indicando ajustes na estratégia de aprovação.
A votação deve ocorrer em até três semanas, mas Motta enfrenta o desafio de equilibrar pressões do PL, do governo e do Judiciário, que se opõem à anistia. Críticos destacam que a Câmara tem mais de 2.300 projetos em regime de urgência, questionando a prioridade do tema. Enquanto isso, aliados do ex-presidente acreditam que a aprovação pode influenciar seu processo no STF.