Apesar de estar internado em uma UTI após uma cirurgia abdominal de 12 horas, o ex-presidente continua acompanhando e endossando a reformulação de um projeto de lei que propõe anistia para investigados e condenados pelos atos de 8 de janeiro. Segundo o líder de seu partido na Câmara, o ex-presidente mantém comunicação com aliados por mensagens e terá a palavra final sobre o texto, que está sendo simplificado para reduzir resistências. A nova versão deve ser apresentada na próxima semana, com o objetivo de facilitar sua tramitação.
A estratégia por trás da simplificação do projeto busca afastar críticas de que ele beneficiaria diretamente figuras envolvidas nos eventos de 8 de janeiro. A versão atual inclui anistia para atos passados e futuros, o que gerou reações negativas no STF e no governo federal. Aliados do ex-presidente avaliam que a aprovação da proposta poderia, indiretamente, enfraquecer processos judiciais em andamento. Enquanto isso, o requerimento de urgência para votação já foi protocolado com assinaturas suficientes, mas a decisão sobre a pauta depende do presidente da Câmara, que promete consultar os líderes partidários antes de agir.
O ex-presidente segue em recuperação hospitalar, com previsão de alta somente em algumas semanas. A equipe médica mantém restrições a visitas e recomenda um período de até três meses para a recuperação total. Enquanto isso, a movimentação política em torno do projeto de anistia continua, com o governo federal sendo pressionado a intervir para evitar o avanço da proposta na Câmara.