O ex-ministro da Defesa, atualmente preso há 122 dias por suposta obstrução de justiça em investigação sobre tentativa de golpe de Estado, recebeu a visita de um líder político do PL. Durante o encontro, que durou cerca de 40 minutos, o ex-ministro teria elogiado os esforços do parlamentar na articulação de um projeto que prevê anistia para condenados pelos eventos de 8 de janeiro. O visitante afirmou que o detido nega as acusações, considerando sua prisão injusta, e que nunca discutiu qualquer plano golpista em reuniões das quais participou.
O ex-ministro está detido em um quartel militar, onde tem acesso a televisão e se alimenta da comida local, sem privilégios além de um espaço com quarto e banheiro. Durante a visita, o líder político presenteou-o com um livro de reflexões sobre o sentido da vida e rezou com ele. O magistrado responsável pelo caso autorizou que outros políticos o visitem em grupos pequenos e em horários específicos, com novos encontros já agendados para a semana seguinte.
O ex-ministro é um dos oito réus denunciados por suposta participação em um núcleo acusado de planejar ações golpistas, incluindo reuniões em sua residência e supostas represálias contra militares que não aderiram ao plano. Sua defesa classificou a denúncia como “ilógica e fantasiosa”, comparando-a a um “filme ruim e sem sentido”. O caso continua em tramitação no STF, sem previsão de conclusão.